MORTOS-VIVOS PARA GLÓRIA DE DEUS.

08:58Apenas Evangelho

     Portanto, irmãos, exorto-vos pelas misericórdias de Deus que apresenteis o vosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Romanos 12:1











Por Sandro VS

Já escrevi no post “Mais que vencedor?” sobre a importância e riqueza da carta do apóstolo Paulo aos romanos e de como ele expõe, de maneira sistematizada, os assuntos concernentes ao Evangelho. 

Mas todos esses assuntos, por mais peso que tenham, ficariam suspensos se o apóstolo não incentivasse os cristãos de Roma a aplicarem tais demandas na vida, por isso ele encerra a carta dedicando parte dela a conselhos práticos. 


Sua mente podia percorrer os infinitos teológicos, mas nunca se perdia neles, sempre terminava com os pés no chão. Assim Paulo conclui que na vida cristã, a doutrina e o dever andam juntos, pois, para o apóstolo, nossas convicções ajudam a determinar nosso comportamento. 

Por isso ele apela às misericórdias divinas para que tudo o que ele escreveu até aqui seja absorvido pelos cristãos romanos de fato e de verdade, ou seja, ele deixa claro que esta exortação não é um pedido pessoal apenas, mas que, ao obedecerem a esta exortação, entendam que estarão cultuando o próprio Deus e assim vivendo o bem do Evangelho pra si. 


Ele faz, implicitamente, uma comparação entre os sacrifícios da Lei e o sacrifício da Graça, ou seja, todos os sacrifícios antes de Cristo tinham como seu fim inevitável a morte daquilo que se ofertava, já na graça, o único sacrifício foi a oferta feita pela morte de um só que, através da sua ressurreição, não terminou em morte, mas em vida. Assim ele exorta que os cristãos romanos ofereçam seus corpos como ofertas sacrificais, mas que, diferentemente daquelas, não terão mais seu fim em morte, mas em vida.


Assim, enquanto o culto da lei terminava na morte da oferta, o culto da graça doa vida ao sacrifício o deixando vivo.


A palavra para “culto racional” é muito significativa, sua tradução literal é aquilo a que o homem dedica a totalidade de sua vida, nas escrituras é sempre usada como o serviço e culto a Deus. Isto significa que o verdadeiro culto é aquele que entrega tudo o que se faz com o corpo ao Senhor, ou seja, não é frequência a um lugar, não é uma preparação para algo mais, não são inúmeros versículos bíblicos memorizados e muito menos um ritual litúrgico aperfeiçoado, mas adorar a Deus é dedicar-se totalmente a Ele, imitando a entrega total daquele que veio a ser o sacrifício único, Cristo.

É entregar a Deus a vida de cada dia!

Tudo isto é possível se assumirmos o que o apóstolo escreveu até aqui, ou seja, que é pela fé que somos justificados e que agora não existe mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus, que a Graça é a dedicação perfeita de Deus em detrimento à nossa imperfeição e que tudo isso teve origem na Soberania de Deus que é simplesmente o conselho da Sua boa vontade, revelada em amor e justiça. 


Sem medo de errar, digo que somos ofertas sacrificais ambulantes, morremos de uma vez no sacrifício único de Cristo para assumir, como sacrifício diário, a vida da Sua ressurreição. Esta vida sacrifical ambulante é o nosso culto racional, ou seja, uma vida de adoração separada e agradável a Deus.


Viver como um sacrifício é difícil?


Creia! Em Cristo é possível!

Soli Deo Glória!

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